terça-feira, 30 de agosto de 2011

Michelangelo, um gênio

Num jardim, na época da Renascença, uma garoto de quinze anos esculpe a cabeça de um fauno. Seu nome? Michelangelo. Ele se tornará um dos maiores artistas de todos os tempos. Esse homem, briguento e suscetível, tinha um sonho:  Libertar as criaturas que ele julgava prisioneiras nos blocos de marmóre. Foi também arquiteto, poeta e pintor. 

Contudo, quando o papa Júlio II o incumbiu de pintar a Capela Sistina, ele se revoltou dizendo que era escultor, não pintor. Leonardo da Vinci achava que a pintura era superior à escultura. Michelangelo, por seu lado, dizia: '' A escultura é a luz que ilumina a pintura,  e a distância que as separa é  a mesma que existe entre o Sol e a Lua.


Depois que o Davi ( 4 m de altura) foi concluído foram necessários três dias para transportar a estátua até o Pallazzo Vechhio, onde deveria ficar. Durante o trajeto, os guardas que a vigiavam à noite foram atacados por ladrões!

Em 1499, Michelangelo começou a trabalhar num bloco de mármore altíssimo e não muito largo, recusado por outros escultores. Com ele criou uma das suas obras primas: Davi, o jovem pastor da Bíblia que teve a coragem de enfrentar o gigante Golias. Quando a estátua foi erguida em seu pedestal, um dos que encomendaram a obra comentou : '' O nariz está muito grande! ''Tem razão...'' respondeu Michelangelo. E fingiu que limava o nariz, deixando cair poeira de mármore.

O escultor pode conseguir os mais diversos tipos de superfície na pedra, dependendo das ferramentas que utilizar. Com um ponteiro, ele faz os sulcos, com um cinzel, as estrias mais finas, com um gradim consegue obter o efeito granuloso, e com um buril chato, uma superfície mais lisa. Michelangelo assim como Rodin, mas tarde, gostava de utilizar essas ferramentas. Elas imprimiam um aspecto inacabado à estátua, que parecia separar-se a duras penas de seu bloco de pedra.



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