quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Opéra Chinesa


Sobre o palco, nem cortina, nem cenário. De repente, soa o gongo. Um personagem aparece, com uma túnica de sede laranja enfeitada com um dragão. Seu rosto brilha, inteiramente maquiado. Seus olhos giram nas órbitas. Ele canta e dança, encadeando movimentos estudados, estranhos, como se fossem insetos rastejando.

Subitamente, ele pára e fica imóvel...Depois, com uma pirueta inesperada, o ator desaparece , ao som de uma série de golpes de congo. No teatro chinês,  o mimo, a ópera e a acrobacia se fundiam, seguindo velhas tradições de dezenas de séculos.

O público não ia ao espetáculo pela história, que muitas vezes já conhecia, e sim admirar sua beleza, a perfeição da representação e sobretudo o bom desempenho dos atores.




As maquiagens, com seus desenhos e suas cores favoreciam diversas interpretações:
O branco-mate, simbolizava a traição, o negro, a lealdade e a honestidade, o azul a coragem ou a arrogância.
O amarelo por sua vez designava os calculistas,racionais e o verde, os orgulhosos.

Desenhos mais simples e as cores sóbrias eram reservados aos personagens mais nobres. As maquiagens  assimétricas caracterizavam os malvados. Quanto mais complicado sua maquiagem, mais violento era o personagem.


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